quarta-feira, 5 de maio de 2010

Eu acreditava mesmo que não sentia mais nada por ti, nem paixão, nem saudade. Mas foi aí que eu me enganei. Me enganei ao achar que não cederia mais ao teu sorriso, que não cederia ao teu jeito comigo. Mas eu cedi, cedi uma brechinha do meu coração de novo, cedi aquele espacinho pequeno pra abrir lugar a uma saudade imensa, que eu nem deveria sentir. Eu sei que é ser dura comigo mesma, não me dar ao luxo de sentir saudade. Mas é que você foi algo (bom) que me apareceu tão rápido e da mesma maneira se foi, que eu nem pude ao menos pensar e te colocar no devido lugar 'dentro' de mim. Foi tudo tão rápido que eu só mantive meu foco em deixar passar e seguir em frente. E eu o fiz, há tempos, e rápido da mesma forma. Mas hoje, eu vi o seu sorriso, tão sem jeito quanto era na primeira vez que tu sorriu pra mim, e isso me deu um aperto no coração, uma vontade de chorar. Não sei se foi de saudade de uma rotina, ou se foi porque eu ainda não tinha pensado o quanto tu tinha sido importante pra mim. Só sei que eu senti.
Mas você, dono do sorriso, que possivelmente vai ler isso algum dia, não pense que é uma declaração de amor. Isso é, na verdade, um atestado de que eu não sei lidar com (alguns dos) meus sentimentos.
Mas óbvio, amanhã ou depois vou acordar e me sentir da mesma maneira que me sentia antes. A única diferença, é que já vou ter achado o seu lugar em mim. E só.

Nenhum comentário: